Pandemia de COVID-19 aprofunda debate sobre a realidade educacional do Brasil e quais são os principais desafios do setor.
Declarada como emergência de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde, a pandemia de COVID-19 é responsável por uma série de impactos sociais, entre eles, o acirramento das desigualdades socioeconômicas e a desaceleração da educação.
Hoje, a realidade educacional do país é alvo de debates, em que se discutem desafios e oportunidades para o setor.
Por se tratar de um direito fundamental social, a educação no Brasil é considerada como direito de todos, com o objetivo de favorecer o aprendizado e a preparação das pessoas para exercer a cidadania.
Nesse sentido, o panorama educacional do país deve ser pensado pelo Estado, gestores educacionais, professores e toda a comunidade escolar envolvida.
Em virtude da recomendação de isolamento social proposta pela Organização Mundial de Saúde, com o objetivo de conter a propagação do novo coronavírus, o Poder Público determinou o fechamento das escolas, com a suspensão do funcionamento presencial.
Com isso, as atividades de educação conduzidas na escola foram transferidas para o modelo de ensino remoto, com o uso de ferramentas oriundas da tecnologia da informação e comunicação. Reorganização do calendário escolar e dispensa do cumprimento da carga horária anual mínima foram outras medidas adotadas pelo Ministério da Educação.
Embora algumas medidas tenham sido adotadas pelo Ministério da Educação, em conjunto com as Secretarias de Educação de Estados e municípios, as ferramentas não se mostraram suficientes para conter o impacto negativo na educação do Brasil causado em decorrência da pandemia.
De acordo com relatório do Banco Mundial, produzido em 2021, a pandemia da COVID-19 representa um grande choque nos sistemas educacionais, com redução na capacidade de aprendizagem e obtenção de habilidades básicas.
Quando se fala em conectividade e aulas ao vivo por meio da internet, dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), apontam que mais de 2.449 mil municípios do Brasil não adotaram essa prática de interação direta entre alunos e professores ao vivo.
No mesmo sentido, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), aponta que, no Brasil, em novembro de 2020, mais de 5 milhões de crianças e adolescentes, de 6 a 17 anos, estavam fora da escola ou sem o desenvolvimento de atividades educacionais, o correspondente a 13,9% de todo grupo no território brasileiro.
O motivo para os desafios se explica, especialmente, pela falta de acesso à internet, realidade para mais de 5,8 milhões de crianças e adolescentes brasileiros. Com isso, acessar conteúdos online se torna mais difícil.
Além desse fator, desigualdades regionais, sociais e econômicas também impactam na oferta de atividades remotas durante a pandemia, o que transforma a educação em mais um instrumento de aprofundamento das desigualdades brasileiras.
No campo das oportunidades, a pandemia transformou a maneira como o ensino brasileiro havia sido conduzido até então, com práticas pedagógicas que, nem sempre, estão adaptadas às potencialidades e necessidades dos alunos. No mesmo sentido, abriu espaço para discussão sobre atividades à distância.
Assim, o governo brasileiro adotou algumas medidas para universalizar o acesso à internet e fomentar o uso de tecnologias digitais na educação básica, que atinge desde a educação infantil até o ensino médio. É o caso da Lei n. 14.180/2021, que institui a PIEC (Política de Inovação Educação Conectada).
Com o objetivo de reduzir as desigualdades no acesso à internet, o programa Norte Conectado, iniciativa do Governo Federal, também objetivou expandir a infraestrutura das tecnologias de comunicação da região, para alcançar 9,2 milhões de pessoas.
Porém, para recuperar a defasagem e a evasão escolar acentuadas pela pandemia, vai ser preciso que as instituições do país invistam em novas práticas de ensino, especialmente amparadas na tecnologia e na capacidade dos dados em medir as principais dificuldades dos alunos.
Se por um lado a pandemia aprofundou os desafios educacionais, por outro, levou atenção para o fato de que a nova geração de estudantes é profundamente conectada e faz uso da tecnologia todos os dias.
Portanto, estar atento a essa realidade pode contribuir para aumentar o engajamento dos estudantes e reduzir a desmotivação. Como? Implementando novas práticas pedagógicas de ensino.
O primeiro passo para quem deseja transformar a relação de ensino para reduzir o déficit de aprendizado é envolver todas as pessoas, de professores a alunos. No mesmo sentido, entender que o mundo digital, com sua característica ágil, provoca mudanças nos processos educacionais.
Em seguida, fazer uso de ferramentas tecnológicas e novas práticas de ensino, como adaptive learning, que consiste em uma trilha de aprendizado direcionada ao atendimento das potencialidades e individualidades de cada estudante.
Com isso, o processo de aprendizado se torna mais dinâmico e acontece em uma atmosfera voltada a tornar o momento em sala de aula mais atrativo. Desse modo, é possível aprimorar a retenção de conhecimento.
Com a pandemia, ficou claro para todos os setores da sociedade que a inovação é um imperativo. No campo da educação não é diferente, com desafios mais complexos para gestores, professores e alunos.
Isso porque, além do ensino das disciplinas chamadas tradicionais, como língua portuguesa e matemática, o presente e o futuro exigem o desenvolvimento das competências emocionais, também chamadas de softkills, e o aprendizado de temas como educação financeira.
No mesmo sentido, se antes o ensino estava concentrado na figura do professor como único detentor do conteúdo, hoje, as interações em sala de aula acontecem a partir da figura do professor como facilitador, fundamental para contribuir com o processo de aprendizagem.
Desse modo, as novas práticas pedagógicas exigem uma postura ativa do estudante, que consegue interagir e também formar os próprios conceitos, ao mesmo tempo, em que se mantém conectado ao professor, que os ajuda na evolução do raciocínio crítico, lógico e criativo.
Com o impacto da pandemia provocado na educação do Brasil, a necessidade de falar sobre inovação e adaptabilidade também chegou ao ensino brasileiro, que apresenta uma realidade educacional repleta de desafios para serem enfrentados em conjunto com o governo, instituições e sociedade civil.
Portanto, falar sobre tecnologia escolar assume papel importante, porque as ferramentas de tecnologia da informação possuem a capacidade de reduzir o déficit educacional, promover a retenção de conhecimento e contribuir para o desenvolvimento de habilidades sócio-emocionais.
Hoje, fazer uso de técnicas de gamificação para tornar o aprendizado ativo e contínuo, aprimora o interesse dos estudantes, com consequências positivas no nível de engajamento, desempenho e capacidade de fixação do conteúdo.
De igual modo, facilitar o acesso ao ensino híbrido é uma maneira de democratizar a educação, com a finalidade de desenvolver os estudantes conforme suas disponibilidades e outras tarefas.
Pensando nisso, a Apprenda Edu desenvolveu uma plataforma gamificada para ensinar educação financeira de forma acessível e inovadora para jovens do ensino médio, que recebem recompensas e outros prêmios a cada objetivo conquistado em nossa plataforma.
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